A vida é uma ferida?
O coração lateja?
O sangue é uma parede cega?
E se tudo, de repente?

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Poeta, escritor e ensaísta português. Nasceu em Lourenço Marques, actual Maputo, a 9 de Agosto de 1949; morreu a 25 de Julho de 2023.

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EDUARDO PITTA é um poeta, escritor e ensaísta português. Nasceu em Lourenço Marques, actual Maputo, a 9 de Agosto de 1949. Viveu em Moçambique até Novembro de 1975. Desde 2011 é crítico literário da revista Sábado. Escreve e publica desde 1967. Entre 1974 e 2021 publicou dez livros de poesia, um romance, duas colectâneas de contos, quatro volumes de ensaio, duas recolhas de crónicas, dois diários de viagem e, em 2013, o livro de memórias Um Rapaz a Arder. Um ensaio sobre homossexualidade na literatura portuguesa contemporânea, Fractura (2003), é considerado por Mark Sabine «the first history of Portuguese literary homosexuality». Participou em encontros de escritores, congressos, seminários e festivais de poesia em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Colômbia. Poemas seus encontram-se traduzidos em castelhano, italiano, francês, inglês e hebraico. Traduzido por Alison Aiken, o conto Kalahari foi publicado em 2005 na revista inglesa Chroma. Eduardo Pitta colaborou e colabora em publicações literárias de vária índole, de Portugal, Brasil, Espanha, França e Estados Unidos. Em 2008 adaptou para crianças O Crime do Padre Amaro, clássico de Eça de Queirós. Dirige a edição das obras completas de António Botto. Entre Abril de 2008 e Janeiro de 2014 assinou na revista LER a coluna Heterodoxias. Fez crítica literária nas revistas Colóquio-Letras (1987-2019), da Fundação Calouste Gulbenkian, e LER (1990-2006), bem como nos jornais Diário de Notícias (1996-1998) e Público (2004-2011).
A seu respeito tem-se falado de visão pulsional e agreste da existência, ritmo acelerado, timbre neo-expressionista, pathos autobiográfico, triunfo do recalcado, narrador centrado na identidade sexual do sujeito e, last but not least, hermenêutica gay. Mantém desde 2005 o blogue Da Literatura. Casou em 2010 com Jorge Neves, seu companheiro desde 1972.